Por Fabio Chaves Do Vista-se
Cerca de 2.700 animais brasileiros morreram em um navio enquanto estavam sendo exportados para o Egito, onde seriam mortos em um frigorífico. A prática de exportar animais vivos e em pé é rotineira e as mortes, infelizmente, não são raras. Pelo menos parte desses bovinos foi vendida pelo frigorífico Minerva, um dos maiores exportadores do país. A informação foi confirmada pelo presidente do Minerva, Fernando de Queiroz, que diz que o frigorífico não é responsável pelo transporte. “Vendemos gado colocado em um navio aqui no Brasil. A partir da hora em que os bois passam para o navio não é responsabilidade nossa.”
O Brasil tem o maior rebanho bovino comercial do mundo e é um dos maiores exportadores de carne do planeta. Boa parte do dinheiro que entra no país é manchado com o sangue destes pobres animais. Alguns países exigem, normalmente por questões religiosas (que ironia), que os animais cheguem vivos aos seus destinos, onde serão assassinados. Por isso, milhões de animais seguem este tipo de viagem mórbida pelos mares do mundo, aumentando ainda mais a crueldade e o impacto ambiental do processo.
Exportar os animais em pedaços aos invés de enviá-los vivos certamente não seria uma solução para eles, mas a crueldade contida nesta atividade chamada pecuária é algo realmente assombroso e apenas o consumidor tem o poder de pará-la, ao não comprar nem consumir produtos provenientes da morte e da tortura de animais inocentes (carnes, ovos, leite e todos os produtos com ingredientes de origem animal).